#distantesmaspróximos
Comunicação em tempos de dificuldade
Numero 6
Caros amigos: aqui estamos novamente com vocês, com este sexto boletim, neste tempo de oração e reflexão à espera da chegada do Menino Jesus, nosso Senhor.
Recordando-nos uns dos outros, também por intermédio desta publicação que lhes enviamos, desejamos a todos um bom Advento e uma boa leitura.
Equipe Responsável Internacional
Editorial
Clarita & Edgardo BERNAL
Casal Responsável Internacional
EDITORIAL N° 6
UM NATAL ESSENCIAL
Querida Família das Equipes de Nossa Senhora:
Estamos publicando esta nova edição de #distantesmaspróximos alguns dias antes da celebração, no mundo católico, do nascimento do menino Deus, ou Natal.
Esta data, que sempre teve um significado especial para as pessoas de fé, talvez tenha um significado mais autêntico este ano, pois será despojada, pelas restrições impostas pela COVID, do oportunismo comercial que, entre presentes, árvores luminosas, bonecos de neve, mesmo em países onde nunca temos neve, Papai Noel, fogos de artifício e jantares opulentos com vinhos generosos, tende a esconder e às vezes esquecer, qual é o verdadeiro motivo desta celebração.
Na verdade, para estabelecer uma referência para o mundo católico, o Natal foi estabelecido na data de 25 de dezembro, começando a celebração na noite anterior, mas não é só uma data que nós católicos celebramos, mas um fato que é transcendental para a história da humanidade e para a história da salvação: o nascimento do Menino Jesus, redentor do mundo.
Deve-se notar, inclusive, que cronologicamente não é certo que a data do nascimento do Menino Jesus teria ocorrido em 25 de dezembro. Estudiosos e alguns escritores sagrados colocam o nascimento do bebê Jesus entre 17 de dezembro e 25 de março de 747, após a fundação de Roma. Tudo isso, que é bom para nós sabermos, nada mais é do que uma discussão acadêmica que de nenhuma maneira afeta a essência do que este evento, transcendental para nossa fé, inspira em nossos corações e que parte da consciência de que um dia Deus, feito uma criança numa manjedoura, entrou em nossas vidas para mudá-las radicalmente, salvando-nos e redimindo-nos com um amor sem limites até oferecer sua vida pela nossa.
A celebração da Natividade é tão importante que a Igreja propõe um tempo especial de preparação de quatro domingos, antes do dia 25 de dezembro, para se chegar com o coração pronto para a celebração da festa do nascimento de Jesus, que é chamada a época do Advento, ou tempo de preparação para a "vinda".
Durante o Advento, nossos corações se sincronizam com o coração de nossa mãe Maria, naquela expectativa da criança que ela carrega em seu ventre e é justamente nessa expectativa que podemos viver a graça de um tempo de reflexão, de reconhecimento e de penitência para preparar, em nosso próprio ser, o lugar para acolher o recém-nascido Jesus.
Como dissemos no início deste pequeno escrito, esta é uma oportunidade privilegiada para vivermos o verdadeiro significado do Natal, porque, seja por nossa própria convicção ou pela imposição que a implacável COVID impôs ao mundo inteiro, este ano poderemos viver a celebração de nosso coração sem tantas manifestações externas, em uma celebração íntima entre nossa família e a família de Nazaré, onde o Menino Jesus será o grande homenageado e onde poderemos usar os recursos que economizarmos deixando passar o trem do consumismo, para oferecer um Natal digno a uma família menos favorecida e, dessa forma, permitir-lhes sentir Sua luz e amor através de nós.
Hoje não queremos nos referir aos momentos difíceis que todos nós vivemos este ano, mas deixá-los para trás e olhar para o próximo ano com otimismo. É hora de celebrar, agradecer e acolher e de longe abraçar cada um de vocês, desejando-lhes de todo o coração que o Deus Criança encha cada um de seus lares de paz e os abençoe abundantemente no próximo ano.
Para concluir esta saudação fraterna, tomamos a liberdade de transcrever este texto escrito por um simples pároco de San Lorenzo, Pamplona, Espanha, Padre Javier Leoz, que enviou esta mensagem a seus paroquianos e que chamou a atenção do Papa Francisco, que decidiu chamá-lo pessoalmente em 7 de novembro para expressar seu prazer e felicitações, pela alegria de sua mensagem. Acreditamos que será edificante para todos:
NÃO HAVERÁ NATAL?
Claro que sim!
Mais silencioso e com mais profundidade,
Mais parecido com o primeiro em que Jesus nasceu na solidão.
Sem muitas luzes na terra,
mas com a luz da estrela de Belém
fulgurando trilhas de vida em sua imensidão.
Sem cortejos reais colossais,
mas com a humildade de sentir-nos
pastores e servos buscando a Verdade.
Sem grandes mesas e com amargas ausências,
mas com a presença de um Deus que tudo plenificará.
NÃO HAVERÁ NATAL?
Claro que sim!
Sem as ruas a transbordar,
mas com o coração aquecido
por aquele que está para chegar.
Sem barulhos nem ruídos,
propagandas ou foguetes...
mas vivendo o Mistério sem medo
do "covid-herodes" que pretende
tirar-nos até o sonho de esperar.
Haverá Natal porque DEUS está ao nosso lado
e partilha, como Cristo o fez num presépio,
nossa pobreza, prova, pranto, angustia e orfandade.
Haverá Natal porque necessitamos
de uma luz divina em meio a tanta escuridão.
A Covid19 nunca poderá chegar ao coração nem à alma
dos que no céu põe sua esperança e seu maior ideal.
HAVERÁ NATAL!
CANTAREMOS NOSSOS CANTOS NATALINOS!
DEUS NASCERÁ E NOS TRARÁ LIBERDADE!
Uma mensagem para culminar 2020
Pe Ricardo Londoño
SCE Internacional
SCE Internacional
Para aqueles de nós que contam o tempo de acordo com o calendário gregoriano, o ano de 2020 está próximo de seu fim.
Um ano que ficará para a história com suas memórias confusas. Um ano difícil e complexo, cheio de incertezas. Um ano do qual só será feito um balanço mais tarde, já que não é fácil fazê-lo enquanto caminhamos em direção ao seu término.
Nas regiões do hemisfério norte, as árvores têm perdido suas folhas e podemos ver troncos e galhos despojados da vitalidade que nelas se expressa. No hemisfério sul, a cor e o calor estão presentes com o renascimento da folhagem. Um contraste do qual raramente estamos cientes. E ainda, um hino à vida circulante e uma meditação sobre o que está acontecendo e o que virá.
Para os que creem em Jesus Cristo, a celebração do início de um novo ano litúrgico. No final de novembro, começamos a época do Advento e o Natal logo chegará. Vale a pena considerar o que estamos celebrando.
Celebramos o tempo muito mais do que o espaço e lhe damos sentido. Olhamos para a tripla dimensão do passado, presente e futuro, e preenchemos os momentos com simbolismo. Apreciamos o passado que nos trouxe a esperança messiânica do Povo da Aliança e sua realização concreta no mistério da Encarnação do Verbo.
A criança na manjedoura, concebida em Maria pela ação do Espírito Santo, acolhe e manifesta a história da salvação que está condensada nele. Olhamos nosso presente incerto e questionador e o preenchemos com a atualização da Graça de Deus que, na Palavra e nos Sacramentos, manifesta para nós a Misericórdia divina sem fim. E lançamos nosso olhar para o horizonte futuro do escatológico e definitivo. Somos convidados a participar do grande banquete do Reino na consumação definitiva do espaço-tempo feito eternidade e plenitude em Deus.
Belo tempo do Advento que, através dos bonitos textos escolhidos para a liturgia diária, nos acompanha em nossa meditação sobre a obra de Deus. Isaías, João Batista e a Santa Virgem Maria são os personagens que nos abrem para o mistério que iluminará as trevas e fará brilhar a Salvação.
O Natal deve nos envolver no sublime compromisso definitivo de Deus com a humanidade. O sinal nada mais é do que uma humilde e pobre criança envolta em panos e deitada em um presépio. Nada na mídia e pouca cobertura nas redes sociais. E ainda assim, lá está ele, Deus-conosco.
Celebremos o tempo em cada lugar onde vivemos e experimentemos que, se 2020 foi um ano difícil, doloroso, ambíguo, exigente, no entanto, também teve muitas oportunidades de mostrar o valor da fraternidade, da preocupação com os outros e da solidariedade diante dos dramas e tragédias que foram vividos ao nosso redor. Uma conjunção de Kronos e Kairos que tem exigido renúncias e abertura. Uma celebração que deve marcar a esperança e a acolhida de um 2021 pelo qual ansiamos com maior clareza.
Que a abundância do amor de Deus acompanhe cada equipista; que o mistério da Criança na manjedoura nos preencha com a ternura necessária para o serviço daqueles que sofrem, e que o novo ano abra horizontes de fraternidade e amizade social para todos. Este é meu desejo simples e caloroso.
VIVENDO NOSSA FÉ COM TODA A IGREJA
Papa Francisco convida a buscar o sentido dos sinais de Natal
“Não há nenhuma pandemia, nenhuma crise que possa extinguir esta luz.
Deixemo-la entrar em nossos corações”.
(ANGELUS, Praça São Pedro, 6 de dezembro de 2020)
CARTA APOSTÓLICA PATRIS CORDE
Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Papa Francisco convoca o "Ano de São José" com a Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”. O Ano de São José começou dia 8.12.2020 e se encerrará em 8.12.2021. Transcrevemos a seguir um pequeno trecho desta Carta.
(...) Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo.
Assim ao completarem-se 150 anos da sua declaração como Padroeiro da Igreja Católica, feita pelo Beato Pio IX a 8 de dezembro de 1870, gostaria de deixar “a boca – como diz Jesus – falar da abundância do coração” (Mt 12,34), para partilhar convosco algumas reflexões pessoais sobre esta figura extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós.
Tal desejo foi crescendo ao longo destes meses de pandemia em que pudemos experimentar, no meio da crise que nos afeta, que “as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiras e enfermeiros, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. (…) Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos”.
Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão.
1. Pai amado
A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, “colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”.
2. Pai na ternura
Dia após dia, José via Jesus crescer “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). Como o Senhor fez com Israel, assim ele ensinou Jesus a andar, segurando-O pela mão: era para Ele como o pai que levanta o filho contra o seu rosto, inclinava-se para Ele a fim de Lhe dar de comer (cf. Os 11,3-4).
3. Pai na obediência
De forma análoga a quanto fez Deus com Maria, manifestando-Lhe o seu plano de salvação, também revelou a José os seus desígnios por meio de sonhos, que na Bíblia, como em todos os povos antigos, eram considerados um dos meios pelos quais Deus manifesta a sua vontade.
4. Pai no acolhimento
José acolhe Maria, sem colocar condições prévias. Confia nas palavras do anjo. “A nobreza do seu coração fá-lo subordinar à caridade aquilo que aprendera com a lei; e hoje, neste mundo onde é patente a violência psicológica, verbal e física contra a mulher, José apresenta-se como figura de homem respeitoso, delicado que, mesmo não dispondo de todas as informações, se decide pela honra, dignidade e vida de Maria. E, na sua dúvida sobre o melhor a fazer, Deus ajudou-o a escolher iluminando o seu discernimento”.
5. Pai com coragem criativa
Se a primeira etapa de toda a verdadeira cura interior é acolher a própria história, ou seja, dar espaço no nosso íntimo até mesmo àquilo que não escolhemos na nossa vida, convém acrescentar outra caraterística importante: a coragem criativa. Esta vem ao de cima sobretudo quando se encontram dificuldades. Com efeito, perante uma dificuldade, pode-se estacar e abandonar o campo, ou tentar vencê-la de algum modo. Às vezes, são precisamente as dificuldades que fazem sair de cada um de nós recursos que nem pensávamos ter.
6. Pai trabalhador
Um aspeto que caracteriza São José – e tem sido evidenciado desde os dias da primeira encíclica social, a Rerum Novarum de Leão XIII – é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.
7. Pai na sombra
O escritor polaco Jan Dobraczyński, no seu livro A Sombra do Pai, narrou a vida de São José em forma de romance. Com a sugestiva imagem da sombra, apresenta a figura de José, que é, para Jesus, a sombra na terra do Pai celeste: guarda-O, protege-O, segue os seus passos sem nunca se afastar d’Ele. Lembra o que Moisés dizia a Israel: “Neste deserto (…) vistes o Senhor, vosso Deus, conduzir-vos como um pai conduz o seu filho, durante toda a caminhada que fizeste até chegar a este lugar” (Dt 1,31). Assim José exerceu a paternidade durante toda a sua vida.
“Levanta-te, toma o menino e sua mãe” (Mt 2,13): diz o anjo da parte de Deus a são José.
Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão.
Dirijamos-lhe a nossa oração:
Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.
Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amém.
(Roma, em São João de Latrão, na Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, 8 de dezembro do ano de 2020).
ENS & EJNS: 44 anos de um caminho percorrido em Comunhão
As EJNS – Equipes Jovens de Nossa Senhora começaram em 1976. Nasceram de uma vontade muito grande dos filhos dos casais das ENS no Encontro Internacional realizado naquele ano.
Num mundo que ainda desconhecia os celulares e os e-mails, podemos imaginar a Christine d’Ammonville, filha do casal Ammonville, atarefada para organizar um encontro paralelo ao das ENS, um encontro diferente, um encontro para jovens, para os filhos desses mesmos casais.
A Christine enviou cartas para todo o mundo, convidando-os para estar presentes em Roma, em setembro. Centenas de jovens responderam ao seu convite.
Por isso, sentimo-nos verdadeiramente filhos das ENS. No fundo, com esta imagem de pais e filhos queremos lembrar que somos um, e por isso é um desejo muito grande nosso que haja uma maior comunhão entre os dois Movimentos, que têm a mesma raiz.
Somos filhos sempre à procura do testemunho dos pais. E temos recebido tanto!
Ao longo dos últimos 44 anos foram milhares (mesmo!) os casais das ENS que abriram as portas de sua casa para receberem os jovens. Abriram o seu coração e a sua família para a chegada mensal de vários jovens à sua casa, para juntos partilharem uma refeição, mas, sobretudo, para partilharem um tempo de encontro e de uma amizade fundada em Jesus, levados ao colo da Sua Mãe.
Além disso, são tantos os que nos ajudam como casais assistentes dos secretariados de Setor, nacionais e internacional. Casais que nos lembram que o nosso Movimento de jovens, feito pelos jovens e para os jovens, conta com a sua ajuda e experiência para juntos levarmos mais jovens a Cristo.
É muito bom abrir a agenda e ver que tenho marcada a reunião de equipe (seja presencial ou por zoom nestes dias mais exigentes). É uma grande graça poder partilhar a minha vida com um grupo de amigos que me ajudam a crescer e a tornar-me mais próxima de Jesus!
Faz falta aos jovens um lugar de oração e de partilha que nos ajude na nossa vida do dia a dia. As EJNS são um Movimento juvenil católico que responde aos anseios e às preocupações de tantos jovens, espalhados pelo mundo.
QUEM E QUANTOS SOMOS:
Atualmente, somos quase 6000 equipistas pelo mundo todo. Mas, já passaram tantos por aqui. Tantos que cresceram e que foram escolhendo a sua vocação.
Muitos deles são hoje casados, alguns são padres, outros ainda seminaristas, outros são consagrados, e entre os novos jovens equipistas há tantos cujos pais também o foram. E tantos deles são hoje já parte das ENS.
É muito bonito pensarmos que todos eles disseram um Sim a Nossa Senhora, um Fiat transformador em que lhe consagraram as suas vidas.
Este caminho que fazemos, continua a ser percorrido em conjunto, como no ano de 1976. Pais e Filhos, ENS e EJNS num caminho de comunhão. Peçamos a Deus que nos ajude sempre a manter a amizade que temos e com alegria agradeçamos tantos bens recebidos uns dos outros.
FORMAÇÃO DA EQUIPE DE ANIMAÇÃO INTERNACIONAL:
A Equipe de Animação Internacional (EAI) é composta pelos Conselheiro Espiritual (Pe. Valter Malaquias), Casal Assistente (Pedro e Patrícia Madeira Rodrigues), responsável internacional e responsáveis nacionais de todos os países com EJNS ativas.
Na medida em que os países em expansão vão crescendo, tomam assento nesta equipe de animação internacional.
PAÍSES ONDE EXISTEM EJNS:
Portugal, Espanha, EUA, Brasil, Paraguai, Costa Rica, Líbano, Síria, Canadá, Angola e Moçambique.
Países com poucas equipes ou começando a Expansão: Itália, Reino Unido, Suécia, África do Sul, Togo, Ilhas Maurício, Cabo Verde, Colômbia, Peru, República Dominicana.
A EAI reúne-se fisicamente uma vez ao ano e, sempre que necessário, virtualmente.
SECRETARIADO INTERNACIONAL:
O secretariado internacional é o órgão executivo da EAI.
Normalmente, permanece durante dois anos (e no máximo 4) em um determinado país.
Atualmente, o secretariado internacional está em Portugal, até 2022. E os membros do secretariado são deste país.
No site podem ser vistos os membros do secretariado internacional: https://www.ytolinternational.com/knowus
E-mail para contatos: responsible@ytolinternational.com
COMO SÃO FEITAS AS REUNIÕES DE EQUIPE:
As reuniões de equipe possuem a seguinte estrutura: Refeição, Oração, Partilha, Tema de Estudo e Ponto de Esforço.
As reuniões são realizadas na casa do casal assistente, onde se faz a refeição e depois passa-se para o momento de partilha, oração e tema. Ao final, define-se um ponto de esforço, uma atitude a melhorar durante o mês que toda a equipe se une para cumprir (exemplo: Rezar o Terço em Equipe).
Cada país tem o seu caderno de temas, que são inspirados muitas vezes nas mensagens do Papa aos jovens.
Atualmente, fizemos um novo caderno de pilotagem para todos os países e lançamos um tema do ano para que, em alguma das atividades que são realizadas, se possa ter em conta a unidade do Movimento. Este ano 2020-2021 é sobre a Laudato Si e a Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
OUTRAS PROGRAMAÇÕES:
Além das reuniões mensais, o Movimento das EJNS realiza encontros nacionais, encontros de setor, encontro internacional, peregrinações, ação social, presença nas JMJ, noites de oração, retiros, encontros de formação etc.
Os países têm também um secretariado nacional e secretariados de setor. E tudo é feito por jovens, para os jovens e pelos jovens.
CASAIS ASSISTENTES:
Os casais que são escolhidos para assistentes das Equipes são das Equipes de Nossa Senhora. Eles são escolhidos pelos casais assistentes dos secretariados, que também são casais das ENS.
TESTEMUNHOS
SR OCEANIA -Chris e John Dighton
Casal Responsável pela Oceania: Chris e John Dighton - Austrália
Conselheiro espiritual para a Oceania: Pe. Gary Walker - Austrália
A Super Região Oceania inclui cinco Regiões na Austrália, Setores Isolados nas Filipinas e Nova Zelândia, e alcance em Timor Leste.
Equipes: 118 – Casais: 506 - Conselheiros Espirituais: 72 – Viúvos: 54
A equipe da Oceania inclui os casais regionais das cinco regiões australianas.
· Genevieve e Tim Power
· Cath e Bob Dixon
· Petra Ball e Terry McDevitt
· Meuris e Claude Gonsalves
· Jane e Phil Bretherton
· Helen e David Gill (Tesoureiros)
Os Casais Ligação de Extensão, ligados à Equipe da Oceania, estabelecem a ligação com os Casais do Setor Isolado:
· Filipinas - Casais do Setor Genna e Butch Redulla e Cherrilyn e Emil Pugosa. CasaL ligação: Sue e Adrian Fordham.
· Nova Zelândia - Casal do Setor Raewyn e John Jackman. Casal Ligação Penny e Peter Cahalan.
· Timor Leste - Casal Ligação Sue e Bren Millsom.
Como as Equipes começaram nas Regiões
· A primeira equipe na Austrália se desenvolveu a partir da correspondência entre casais espalhados pelo mundo, especialmente com Stephanie e Max Charlesworth. No seu retorno a Melbourne, vindo da Bélgica, este casal formou um grupo não afiliado; em 1960 Judy e Greg Armstrong retornaram à Austrália depois de fazerem parte da primeira equipe de língua inglesa em Cheltenham, Reino Unido. Um programa piloto de três meses começou em Melbourne em agosto de 1961 e logo o grupo de Charlesworth se juntou ao Movimento das Equipes como a primeira equipe da Austrália.
· Na Nova Zelândia, o Movimento das Equipes foi introduzido em 1995 por Peggy Corrigan, da Inglaterra. Com a ajuda do pároco local, ela começou e pilotou sete equipes localizadas em Wellington. Em 2018 foram formadas cinco equipes nas Dioceses de Hamilton com forte apoio do Bispo, e outra em Auckland. Estas equipes foram pilotadas da Austrália tanto pessoalmente quanto à distância através do Skype/Zoom, para se tornarem um Setor isolado dentro da Oceania, apoiado por um Casal Ligação da Austrália.
· Nas Filipinas, a primeira Equipe foi estabelecida na ilha de Cebu em 2000. Com a visão e orientação do padre José Burgues, um padre Piarista espanhol que havia sido Conselheiro Espiritual na França, e com o apoio de um Casal Ligação na Austrália, seis casais se reuniram, com Leleth e Troy Sorono, o primeiro Casal Responsável. Agora existem cinco Equipes no Setor Isolado de Cebu apoiadas por um Casal Ligação da Austrália.
· Timor Leste - Ao longo de alguns anos, os membros das Equipes da Oceania estiveram ligados a casais, freiras e padres em Timor Leste com o objetivo de formar Equipes. Contato formal tem sido feito com os Bispos. Após uma visita ao Timor pelo Casal Ligação da Austrália em 2019, a equipe da Oceania forneceu informações e material piloto traduzido para o idioma local de Tetan. O plano para 2020 de novas visitas ao Timor, a fim de desenvolver as conexões já estabelecidas, foi impedido pela COVID19. Ainda estamos nos conectando pela Internet.
Localização: A Oceania está situada no Hemisfério Sul na região do Pacífico e Ásia - veja o mapa abaixo - Austrália, Nova Zelândia, Filipinas e Timor Leste.
As Regiões estão separadas por centenas de quilômetros por estrada e as viagens para os Setores isolados só podem ser feitas por via aérea; portanto, um de nossos desafios ao iniciar novas equipes é o custo e o tempo de viagem.
Por exemplo, uma nova equipe acaba de ser formada em Darwin, no norte da Austrália, pilotada por um casal da Austrália do Sul, a 2.000 km de distância.
Nossa resposta à COVID19:
A Pandemia afetou a Oceania de muitas maneiras:
· A equipe da Oceania não pôde se reunir devido ao fechamento em toda a Austrália e na Nova Zelândia e Filipinas; portanto, realizamos reuniões efetivas do Zoom ao longo do ano. Mas sentimos falta de estar juntos pessoalmente e não pudemos visitar nenhuma das Regiões ou Setores. Todos os eventos regionais foram cancelados, isolando ainda mais os membros. Muitas equipes se reuniram apenas através do Zoom.
· Como faltava tecnologia a alguns membros mais antigos da equipe, os Casais Regionais assumiram a tarefa de contatar todos os Casais Responsáveis em todas as Regiões por telefone, algo muito apreciado.
· A equipe da Oceania também preparou um boletim especial da COVID publicado diretamente para cada membro da equipe para garantir que ainda experimentassem sua participação no movimento regional e internacional.
· Incentivamos a Equipe da Oceania a se concentrar em um Plano Pastoral e Estratégico para o futuro de 2020 a 2021. As necessidades prioritárias foram: o apoio a equipes envelhecidas, alcançando casais jovens, comunicação em geral e aproximação de uma gama mais ampla de grupos culturais, particularmente na Austrália.
Plano da Equipe da Oceania para 2021:
A reunião presencial é nosso principal objetivo. Caso contrário, continuaremos a nos reunir a cada três meses através do Zoom.
Seguiremos as recomendações que a equipe da Oceania estabeleceu este ano:
· Continuar envolvidos na preparação para o Conselho Plenário Australiano em 2021. Equipes na Oceania apresentaram documentos em 2019 e 2020 sobre Casamento e Vida Familiar na Igreja na Austrália. Os membros da equipe também são membros do grupo preparatório do Conselho;
· Continuar a preparação para o casamento nas paróquias;
· Manter contato com nossos Bispos locais;
· Focar nosso alcance e tentar visitar setores isolados em 2021;
· Em geral, manter um senso de unidade em uma região tão grande para que todas as Equipes se sintam nutridas como parte de um Movimento mais amplo.
Nossa oração:
Que nós, a quem foi dado o dom das Equipes em nossas vidas,
encontremos maneiras de compartilhar este presente com casais em nossas comunidades.
SR SRHN - Sofía e Gustavo Hernández
"Não tenham medo, saiamos!"
A paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vocês, na unidade do amor do Pai e na presença do Espírito Santo, e que nossa Mãe Maria de Guadalupe nos acompanhe neste momento de nossas vidas.
Somos Sofia e Gustavo Hernández Rojas, temos 30 anos nas ENS, 3 filhos, e somos do México.
Conselheiro: Pe. Manuel Rojas.
A Super Região Hispanoamérica Norte é composta por 6 regiões:
1. Centro América Norte (Guatemala, Honduras, El Salvador).
2. Centro América Sul (Costa Rica, Nicarágua e Panamá).
3. México Centro Norte (e Cuba).
4. México Ocidental.
5. Porto Rico, e
6. República Dominicana.
A SRHN nasceu em 19 de julho de 2019 no Colégio Internacional de Valência, Espanha. Formamos 420 equipes, distribuídas em 10 países, cada país com seus desafios, com grandes oportunidades de expansão, com casais e conselheiros espirituais muito comprometidos e apaixonados pelo Movimento.
Na atual circunstância em que vivemos, no início nos reunimos em oração e na Santa Eucaristia, com uma generosidade e dedicação das 6 regiões e de nossos queridos Sacerdotes Conselheiros Espirituais. A partir da Eucaristia queríamos encorajar e unir a todos como Super Região.
Experimentamos a dor, a perda de irmãos equipistas, a perda de empregos, incertezas; mas, a verdadeira experiência do olhar amoroso de Deus, à luz da orientação que nos foi dada em Fátima - "Não tenham medo, saiamos" - e com a orientação específica 2020 – 2021, Casamento, Sacramento de Missão. Somente com sua graça podemos continuar a missão dentro do Movimento, na Igreja e na sociedade.
Somos chamados a viver apaixonadamente nosso ser de Cristo. Somos chamados para ser santos.
"O objetivo essencial das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais, nem menos". (Padre Henry Caffarel)
Através de diversas plataformas virtuais, a vida do Movimento contínua: reuniões de Equipe, Eucaristias, Rosários, Vigílias de Oração, Retiros, encontros de formação, Colégios; estamos conscientes da necessidade premente de estarmos próximos através da tecnologia, o que nos permite estar unidos em maneira virtual. Não cancelamos atividades, somente executamos de forma diferente.
Como Super Região em construção, motivamos os equipistas a ter clareza sobre a unidade e pertença na Super Região e no Movimento, para serem guardiões da fidelidade ao carisma fundador das Equipes de Nossa Senhora; através da formação para Regionais, Formadores e Setores; aprofundando-nos nos 4 pilares do Movimento, com objetivos definidos na SR, com base na rota traçada pela Equipe Responsável Internacional.
E como diz nosso fundador, padre Caffarel: "O crescimento em extensão pode ser um perigo se não acompanhado de uma formação profunda". Mas, além disso, sua convicção era de que ela não fosse percebida como um sucesso humano, mas como fruto da ação do Espírito Santo.
Há muita criatividade nas redes sociais, por parte de alguns equipistas; por isto, um desafio a superar, para não criar confusão, é estar atentos e ser guardiões da unidade e da fidelidade das Equipes de Nossa Senhora, e seguir o caminho que temos como Movimento. Por isso, insistimos com os casais regionais para conhecerem e viverem em nosso serviço os 4 pilares do Movimento, pois muitas vezes esquecemos do terceiro pilar, que contempla: a vida do Movimento, com suas funções de Animação Espiritual, Ligação, Formar e Difundir. Que há uma estrutura e organização para crescer no amor conjugal, no amor de Deus.
Interpela-nos a mensagem de Pe. Caffarel para que o Movimento caminhe na "Perfeita unidade”: “que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu estou em ti. Que eles também sejam um em nós (Jo 17,21). Este é o fundamento da internacionalidade e da unidade das Equipes de Nossa Senhora.
SR FLS - Catherine e Christophe Bernard
Casal responsável: Catherine e Christophe BERNARD
Conselheiro Espiritual: Padre Louis de RAYNAL
A Equipe Responsável é composta por 6 casais e um conselheiro espiritual.
A SR inclui a França, aí compreendidas as Equipes do além-mar, Luxemburgo e Suíça, divididas em 4 províncias, 20 regiões e 143 setores.
50 equipes isoladas de língua francesa em todo o mundo também estão ligadas à SR.
São 2305 equipes, 9633 casais, 1841 sacerdotes conselheiros espirituais e 67 acompanhantes espirituais.
Nossos 4 pilares, DNA do nosso Movimento
· Vida em equipe e ajuda fraterna para crescer na Fé.
Incentivar entre os equipistas uma escuta e uma ajuda espiritual, humana e fraternal.
Retomar o papel do Casal Ligação.
Acompanhar, apoiar e cuidar de nossos sacerdotes e acompanhantes espirituais.
·
Espiritualidade conjugal, uma visão para os casais de hoje (oração conjugal, o Dever de Sentar-se, o caminho da fé em casal, os ensinamentos e insights para viver o casal com um amor que tende cada vez mais ao amor de Cristo).
Entre os meios de caminhada, temos a orientação do ano, vivida de 3 maneiras: o tema de estudo, a Carta Mensal, os encontros e as reuniões de interequipes
·
Uma pedagogia gradual e ferramentas para caminhar como casal em direção à santidade (Pontos Concretos de Esforço, tema de estudo).
· A Casa do Casal, Massabielle, como um lugar privilegiado de acolhimento e formação espiritual.
Respondendo ao chamado do Papa Francisco para ser missionário
Discurso em Roma em 10 de setembro de 2015
"Gostaria, de fato, de enfatizar esse papel missionário das ENS”.
· O programa Casais Tandem, que reúne casais jovens casados ou não há 2 anos com uma pedagogia comparável à das ENS.
· As Equipes Reliance, que reúnem casais cristãos divorciados e casados novamente ou em uma nova união, e que buscam um lugar para viver como casal e como uma equipe em seu caminho de fé.
· Os Intercessores. Em 1960, o Padre Caffarel, vendo a expansão das ENS no mundo, teve a intuição de que uma oração renovada era necessária para que o Movimento das ENS se sustentasse, e para que a boa notícia do casamento cristão fosse anunciada no mundo.
"Os que velam” atenderam seu chamado, e os Intercessores nasceram.
· As Equipes Jovens de Nossa Senhora. Uma equipe jovem de Nossa Senhora é composta por 4 a 8 jovens acompanhados por um conselheiro espiritual e um casal acompanhante.
· Escolas de Oração. Encontro com Cristo para um aprofundamento na oração.
· Um percurso, em construção, para casais, tendo mais de 10 anos de convivência, independentemente de seu estado de vida.
· Kit Missão. Organizar uma noite missionária em uma paróquia unindo as forças das equipes pastorais e outros movimentos presentes.
Ser hoje "Igreja em saída"
A equipe responsável implementou inúmeras propostas para acompanhar e apoiar todas as equipes e os equipistas durante este período difícil relacionado à pandemia e estar a seu serviço.
Propostas durante o confinamento:
- Em meados de março, Catherine e Christophe Bernard enviaram uma mensagem a todos os equipistas lembrando-os das medidas tomadas pelas autoridades de saúde e do governo: "a urgência de proteger os compatriotas mais vulneráveis".
Eles pediram aos responsáveis de equipe e de setor que suspendessem todas as reuniões e fossem criativos em forjar o vínculo quebrado pela ausência das reuniões, especialmente com os equipistas mais velhos e isolados.
- Um convite foi feito a todos os equipistas para orar a Nossa Senhora de Lourdes por todos os doentes, juntando-se à novena de 17 a 25 de março de 2020.
- Em uma mensagem de vídeo, no Domingo da Alegria, Catherine e Christophe Bernard e o Padre Louis de Raynal deram pistas para esta Quaresma em particular que nos foi dada a viver sem esquecer a Esperança e a Luz da Ressurreição.
- Um boletim informativo: "Confinados em ternura" foi endereçado a todos os equipistas, com propostas concretas:
· "No caminho para a Páscoa, envolva-se em um processo de contrição do coração":
Foi colocada uma proposta para ajudar aqueles que desejavam preparar-se para este tempo de penitência em casa, sob o olhar de Deus e sua palavra: padres conselheiros espirituais das ENS se disponibilizaram e os ouviram por telefone.
Não foi uma confissão, mas um auxílio para viver uma abordagem de contrição do coração.
Por outro lado, esses padres também poderiam responder a perguntas espirituais ocasionais.
Esta proposta começou na segunda-feira santa por três semanas.
· Os profissionais de escuta forneceram linhas telefônicas ao longo das semanas para escutar e dar suporte a todos aqueles que desejaram fazê-lo.
- A Casa de Massabielle, lar de acolhimento e espiritualidade pertencente às ENS, foi disponibilizada para abrigar a equipe de enfermagem que chegou como reforço ao hospital de Eaubonne. Este colocar à disposição, sem custo, representa uma contribuição das ENS e da diocese para o combate à pandemia. Atmosfera familiar e de oração foram fortemente sentidas.
- O confinamento pode ter causado dificuldades de relacionamento no casal, na família. Foram sugeridas perguntas sobre um ou mais Dever de Sentar-se durante o confinamento:
· "Que regras da vida posso me dar?"
· e questões para depois do confinamento: "Para que tudo não volte a ser como era!" com textos de pensamento.
- Muitas iniciativas foram tomadas localmente: chamada regular de companheiros de equipe idosos, missa semanal em videoconferência, apoio de equipes jovens com reuniões por Zoom.
Desde o fim do confinamento
- Uma E-formação foi organizada em junho para tranquilizar e fornecer informações aos casais que deveriam iniciar uma responsabilidade dentro das ENS a partir de setembro de 2020.
- O Encontro de Casais Responsáveis foi realizado em outubro de 2020, em estrita conformidade com as diretrizes de segurança. Um tempo muito esperado e apreciado, apesar dos gestos de barreira.
- Os responsáveis de setor são acompanhados na organização das reuniões em novembro nos setores. Documentos sobre reuniões e instruções são enviados a eles.
- Lançamento de um projeto para iniciar escolas de oração (veja acima) em paróquias e setores das ENS, pois o confinamento revelou grande miséria e uma grande sede de encontrar Cristo em profundidade.
Conclusão:
Todos esses incentivos permitiram, durante o confinamento, que todos os equipistas fossem acompanhados, orientados e aconselhados.
Ao final deste período difícil, um grande número de equipistas expressou sua satisfação com todas essas propostas concretas que lhes permitiram viver sua fé pessoal, como casal e como família, apesar das muitas restrições encontradas.
A equipe responsável se põe à escuta das preocupações dos casais responsáveis que desejam animar suas equipes de acordo com as diretrizes de saúde com a preocupação das pessoas mais vulneráveis.
São Paulo também disse: "Carreguem os fardos uns dos outros" (Gal 6:2).
A autoajuda está no centro da espiritualidade das ENS. Ela nos convida de forma concreta e espiritualmente a cuidar do nosso próximo, especialmente aquele que sofre. Vamos viver os passos do amor de Deus, um amor sempre inovador!
SR Portugal - Margarita e José Machado
O espírito das ENS chegou a Portugal em 1954 e 1955, em consequência de contactos estabelecidos por casais do Porto e de Lisboa com o secretariado das END em Paris e com casais equipistas franceses. Em 1955, depois da realização de retiros orientados pelo Padre d’Heilly, constitui-se a equipa Lisboa 1. Em 1956 é criada a equipa Porto 1 (a primeira comprometida oficialmente com o Movimento), e ainda uma em Coimbra e outra em Almada. Desde então, o Movimento tem estado sempre em atividade e encontra-se atualmente implantado em praticamente todas as dioceses de Portugal.
A Região Portugal foi criada em 1964 tendo sido o casal Susana e Carlos Sousa Guedes o primeiro Responsável Regional de Portugal. A Região Portugal nasceu então com 100 equipas, distribuídas pelos Setores de Lisboa A (22), Lisboa B (21), Porto A (13), Porto B (13), Norte (6), Coimbra (20), e Setor Ultramar (5). O Setor Ultramar era constituído por equipas localizadas em Moçambique (Beira e Lourenço Marques). Depois de Moçambique, também em Angola foram criadas as primeiras equipas. Em 1967 havia 2 equipas em Luanda e 12 em Moçambique.
Em 1972 foi criada a primeira equipa responsável pela Carta mensal, documento que desde então é publicado regularmente. A Supra-Região Portugal foi criada em março de 1974 (com 237 equipas), depois de convite endereçado pelo casal d’Amonville ao casal Sofia e Carlos Grijó para assumirem a responsabilidade desta nova Supra-Região.
Entretanto, na consequência das mudanças políticas verificadas em Portugal, o Movimento passou por algum adormecimento e dificuldades durante os anos 70. Durante esta década o número de equipas cresceu de 233 para 252. Contudo, em 1976 realizou-se em Fátima o primeiro Encontro Nacional aberto a todos os equipistas, com a presença de 1000 pessoas, entre casais, conselheiros espirituais e jovens. Até então, os encontros nacionais eram específicos para quadros responsáveis.
A partir dos anos 80, o crescimento em número de equipas e de setores acentuou-se, sendo cada vez maior o reconhecimento da importância do Movimento para a Igreja e para a sociedade. Em 2004 é criada a Associação Equipas de Nossa Senhora, reconhecida pela Coordenação Nacional para os Assuntos da Família, do Ministério de Segurança Social, da Família e da Criança como Associação de Famílias com representatividade genérica.
Em 2005, celebram-se os 50 anos da presença do Movimento em Portugal. A Supra-Região contava então com 67 setores organizados em 11 regiões, num total de 893 equipas, das quais 114 equipas são de países de língua oficial portuguesa. Neste mesmo ano, na sequência de uma nova expansão do Movimento em Angola e Moçambique, verificada depois do ano 2000, foram criadas as Regiões de Angola (66 equipas, 45 em pilotagem) e Moçambique (43 equipas, 22 em pilotagem).
Em 2008 foi criada a primeira equipa em Cabo Verde com o apoio do então Padre Ildo Fortes, hoje Bispo da Diocese de Mindelo. Também em 2008, na sequência da visita de dois Conselheiros Espirituais, são criadas as primeiras equipas em S. Tomé e Príncipe. Em 2009 é criada a Província de Angola. Entretanto, Cabo Verde passou a Região em 2017 e foi criado o pré-setor da Guiné-Bissau em março de 2018, com o compromisso da equipa Bissau 1.
A Supra-Região Portugal está atualmente organizada em 5 Províncias, 22 Regiões, 130 Setores e 9 pré-Setores, num total de 1435 equipas (162 em pilotagem), envolvendo 7785 casais, 438 viúvas(os), 774 conselheiros espirituais e 80 acompanhantes espirituais.
(Encontro Nacional 2017, Centro Paulo VI, Fátima)
Fátima é lugar de referência para as ENS em Portugal. Desde 1976 são lá realizados regularmente encontros nacionais onde participam sempre centenas de equipistas. Em 1994 e 2018 foram também lá realizados Encontros Internacionais.
A foto seguinte ilustra o momento do Dever de se Sentar realizado durante o Encontro Internacional de 2018, no qual participaram cerca de 8500 equipistas, mais de quatro mil casais, de 92 países.
(Encontro Internacional 2018, Fátima)
Desde sempre, o Movimento em Portugal tem colaborado na ação da Igreja, particularmente no que diz respeito à Pastoral Familiar. São diversos os casais equipistas envolvidos na realizaçao de encontros dos Centros de Preparação para o Matrimónio, em equipas paroquiais, conferências vicentinas, e em outras obras da Igreja.
No ano 2020, por força das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, as equipas não têm podido reunir-se como habitualmente e muitas atividades dos Setores e Regiões têm sido canceladas. Mas, o verdadeiro ânimo não esmorece e o espírito de serviço e dedicação transformam as dificuldades em oportunidades, como aconteceu com a realização do Encontro Nacional 2020 à distância.
O QUE A ERI ESTÁ FAZENDO?
Mariola e Elizeu Calsing
EQUIPES SATÉLITES
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
No que diz respeito ao trabalho das Equipes Satélites, é preciso lembrar que as quatro equipes (Pilotagem, Segunda União, Casais Jovens, Pesquisa e Reflexão) foram lançadas em outubro de 2019 e, portanto, não havia previsão de reuniões presenciais no decorrer do ano de 2020.
As comunicações e reuniões, que normalmente são feitas por meio eletrônico, se intensificaram neste ano. Em tese, portanto, o isolamento e o fechamento de fronteiras entre os países não prejudicariam o desenvolvimento dos trabalhos.
Entretanto, não se pode esquecer que as pessoas integrantes das Equipes Satélites passaram e passam pelo mesmo sofrimento pelo qual está vivendo toda a humanidade, sem distinção de nacionalidade. Então, houve necessidade, é claro, de muita adaptação em função das várias circunstâncias pessoais dos casais envolvidos nas diversas atividades. Mas, podemos dizer que, graças aos esforços de todos, os trabalhos caminharam bem.
No que diz respeito à nossa participação nos trabalhos rotineiros na ERI, sempre muito exigentes, também tivemos de nos adaptar para trabalhar apenas remotamente. Sentimos uma falta imensa de poder abraçar, de estar juntos fisicamente aos nossos irmãos da ERI – e isto só aumenta com o prolongamento das medidas restritivas.
Criatividade, resiliência e longanimidade são palavras fortes para estes tempos diferentes. Desse modo, é assim que estamos trabalhando, nos reinventando a todo momento. O que reputamos altamente positivo, porque é sempre tempo de aprender coisas novas, de fazer diferente o que vínhamos fazendo até então.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
Trabalhamos mais intensamente para esta Reunião Virtual Extraordinária no seu planejamento e preparação. Durante a reunião, nosso trabalho foi de acompanhamento e retaguarda.
Sentimos um imenso pesar pelo cancelamento do Colégio Internacional, pois, mais uma vez, não poderíamos estar perto dos casais SR e RR. Entretanto, o empenho de todos para o sucesso da reunião virtual foi o ponto alto, porque tudo funcionou muitíssimo bem. Aliás, as avaliações demonstram bem isso. Para nós não houve propriamente algum ponto negativo; mas, é importante dizer que sentimos muita falta do abraço pessoal e dos contatos pessoais.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
Para o próximo ano há a expectativa, quanto às Equipes Satélites, de que possamos realizar reuniões presenciais, porque alguns projetos em andamento poderão se desenvolver melhor com o trabalho de dois ou três dias envolvendo todos os casais.
Caso isso não seja possível, certamente teremos de continuar no mundo virtual, o que poderia prejudicar um pouco os resultados a serem atingidos. Mas, todos estamos muito otimistas e acreditamos que as reuniões presenciais poderão acontecer, ainda que seja no segundo semestre.
No que diz respeito ao nosso trabalho como integrantes da ERI, já estamos trabalhando para o próximo Colégio Internacional, em julho de 2021, e estamos confiantes que, antes disso, poderemos realizar uma reunião presencial da ERI, talvez em março.
#distantesmaspróximos: Gostariam de deixar uma mensagem pessoal aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
Nossa mensagem, neste final de um ano tão inusitado, é, primeiramente, de agradecimento a Deus por tudo o que aconteceu e que nos proporcionou, até mesmo nos acontecimentos mais tristes – que foram tantos em tantos lugares do mundo –, não só aprofundar a nossa conversão cotidiana, mas também fortalecer a nossa fé, tornando-nos, por isso, mais esperançosos, mais confiantes, mais dóceis aos desígnios de nosso Pai Celeste.
E, em segundo lugar, uma mensagem de alegria pela festa natalícia que se aproxima. Com o coração cheio de afeto, desejamos à toda a família equipista, dos quatro cantos do mundo, um Natal de esperança, eis que nos é dado o Deus-Menino, que os pastores anunciam como o salvador do mundo. Glória in Excelsis Deo!
Paola e Giovanni Cecchini Manara
SECRETARIADO INTERNACIONAL
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
Nosso trabalho para o Movimento é variado e se desenvolve em diferentes níveis. Normalmente, nosso serviço inclui, entre outras coisas, uma presença frequente no secretariado em Paris, a fim de realizar certas tarefas administrativas e práticas. Infelizmente, em 2020, só pudemos visitar a sede três vezes, duas no início do ano, pouco antes do confinamento, e novamente em julho, assim que foi possível viajar. Também chegamos a tempo de nos reunirmos com as equipes em Roma com as quais estamos colaborando para organizar o Encontro Internacional de Regionais em 2021.
Apesar das dificuldades de viagem, trabalhamos à distância com o secretariado e os bancos. Nos últimos tempos temos trabalhado muito para gerenciar a documentação do Colégio Extraordinário e a publicação do Boletim #loinmaisproches, e também contatamos os casais das SR para continuar a implementação do Protocolo de Tradução.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
Foi um desafio extraordinário, envolvendo uma nova forma de comunicação e muita criatividade. Em nossa opinião, foi uma experiência positiva, mesmo que tenhamos perdido o relacionamento mais direto com as pessoas, o que certamente é o lado mais negativo. A oração ajudou muito para que todos nós nos sentíssemos conectados. Além disso, esta experiência contribuiu muito no aprendizado sobre oportunidades de mídia e possíveis melhorias para o próximo Colégio, que esperamos que seja realizado presencialmente.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
Continuaremos dando nosso apoio ao movimento em todos os seus aspectos práticos, em particular compartilhando com Edgardo e Clarita Bernal os relacionamentos com a secretaria, o cuidado nos aspectos práticos e financeiros que nos demandam, o cuidado nos pedidos dos casais das SR, a atenção nas boas comunicações.
Esperamos sinceramente que em breve possamos ir a Paris, onde coisas importantes estão esperando por nós para serem verificadas e resolvidas definitivamente.
Sentimos muita falta da reunião com os casais da ERI. Os dias que passamos juntos são intensos para rezar e compartilhar e são preciosos para poder trabalhar em nosso serviço. Ver-nos em uma tela, além de ser complexo porque temos fusos horários muito diferentes, não é suficiente para criar esta cumplicidade, esta unidade de propósito e sentimentos que são um apoio importante para o serviço da ERI.
#distantesmaspróximos: Qual a mensagem que gostariam de deixar aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
Ter confiança, viver com alegria, a do Evangelho, o coração destes dias difíceis e amargos. Como casais com responsabilidade em nosso movimento, temos um papel importante a desempenhar: ser animadores positivos para os casais a nós confiados e, como casais das ENS, semear esperança em nosso mundo.
Faye e Kevin Noonan
ZONA EURÁSIA
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
A COVID-19 teve um impacto profundo em nosso papel na ERI em 2020. Este ano, a maioria das reuniões e eventos mudaram para on-line, e nossa abordagem de ligação internacional precisava ser completamente reimaginada. No passado, teríamos um calendário de visitas aos países da Zona Eurásia, mas isso foi impossível durante 2020.
A mudança é um poderoso motivador para a inovação. Este ano, ferramentas online, como o Zoom, nos proporcionaram uma maneira simples de convidar os membros das Equipes de todo o mundo para entrar em nossa casa. Pudemos participar de eventos e conhecer pessoas de uma maneira que não poderíamos ter previsto. Fomos inspirados pelas muitas maneiras pelas quais os membros das Equipes abraçaram a mudança.
Por exemplo, em Gana, o WhatsApp é usado para ensinar a mensagem do Evangelho e criar uma comunidade online de Equipes; a Irlanda criou um Masterclass de Casamento online internacional; a Índia migrou para um retiro online usando o Youtube e teve mais participantes. A equipe de casais responsáveis da Zona agora se reúne a cada seis semanas para planejamento, formação e discussão. No passado, estes membros só se reuniam nas reuniões anuais do Colégio.
Este ano foi uma lição para todos nós sobre o poder da fé e da esperança, e o amor que as pessoas demonstram nos outros em tempos de adversidade.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
A reunião virtual apresentou alguns grandes desafios para nós como casal. Antes da reunião, os dois pais de Kevin passaram um tempo no hospital. Faye viajou rapidamente para estar com eles, mas antes que Kevin pudesse se juntar a ela, o governo fechou inesperadamente a fronteira do Estado. Isto significava que tínhamos que planejar e assistir a grande parte da reunião separados por 1.200 km.
Apesar dos desafios de uma reunião virtual, todos se reuniram bem preparados e com uma atitude positiva, reforçando a unidade e o espírito das ENS.
Nossa Equipe de Zona já havia começado a realizar reuniões on-line regulares antes da COVID, por isso a situação era muito familiar para eles. Isto significou que pudemos iniciar discussões mais profundas desde o primeiro dia.
Dois casais da SR/RR completaram sua responsabilidade este ano, e foi decepcionante que não pudessemos agradecer pessoalmente a eles por seu serviço.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
O próximo ano será um ano de transição, já que o mundo começa a reabrir pós-COVID. Será um tempo de incerteza, pois alguns países farão a transição para fora do vírus mais rapidamente do que outros. Esperamos estar trabalhando em uma combinação de iniciativas virtuais e pós-COVID ao longo de 2021.
No início de 2021, planejamos sediar uma reunião virtual de todos os casais regionais da Zona Eurásia. O objetivo será construir uma rede de Casais Regionais, para que eles possam se encontrar e se sentir confortáveis em compartilhar ideias. Quando os Casais Regionais se reunirem em 2022, esperamos que eles já tenham um relacionamento próximo e produtivo.
#distantesmaspróximos: Qual a mensagem que gostariam de deixar aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
O documento "Vocação e Missão" (2018) começa com as palavras: "As mudanças que estão ocorrendo em nosso mundo hoje reforçam a urgência de discernir e enfrentar os sinais dos tempos com esperança e ousadia".
Esta mensagem é ainda mais relevante hoje durante a pandemia. Temos testemunhado como todos os membros das Equipe, desde a ERI até as equipes de base, precisam estar abertos ao desafio de discernir, repensar e adaptar-se a um mundo em mudança.
Embora o vírus tenha causado muita tristeza e preocupação em tantos países, ele também aproximou muito mais os membros das Equipes ao redor do mundo, através da oração, solidariedade e ajuda mútua. A tecnologia nos ligou de maneiras que nunca poderíamos ter imaginado antes.
No próximo ano, não devemos esquecer o que já foi alcançado, e as oportunidades que nos esperam em 2021. Enquanto carregamos a tristeza da COVID em nossos corações, devemos olhar para o futuro com esperança e ousadia.
Marcia e Paulo Faria
ZONA AMÉRICA
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
O ano que termina para nós especificamente foi um ano de muito aprendizado e alegrias.
No Colégio de Varsóvia completaríamos nosso primeiro ano como Casal Ligação da Zona América. Missão que para nós representa muito, uma vez que a vemos mais do que uma função no Movimento, mas um olhar carinhoso e esperançoso de Deus que confiando em nós nos chama mais uma vez ao serviço.
O serviço nos colocou mais próximos de muitos irmãos de Equipe e suas realidades que apesar de apresentarem nuances diferentes, são na essência muito similares.
Quando já estávamos mais ambientados na função, a pandemia nos surpreendeu e nos levou a explorar formas diferentes e jamais imaginadas no serviço de animação das SRs e RR a nós confiadas. Esta foi a dificuldade maior pois, junto aos casais responsáveis e conselheiros das SR/RR as questões fluem num ambiente de grande dedicação e responsabilidade.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
O Papa Francisco disse que “...o cristão desapega-se de tudo e encontra tudo na lógica do Evangelho, a lógica do amor e do serviço.” Foi exatamente isso que nos sustentou quando impedidos do encontro pessoal e fraterno e da partilha de experiencias tão distintas que um Colégio Internacional permite, a ERI foi levada a desapegar-se da forma usual e buscar a melhor maneira que preservasse e valorizasse o essencial.
O amor a Deus e ao Movimento levou todos a um engajamento que, diante da realidade apresentada, nos permitisse conseguir estar o mais próximos possível e transmitir as orientações necessárias para a vida do Movimento.
Uma poetisa brasileira, Cora Coralina, escreveu um poema que diz para fazermos de nossas casas uma festa, com música... um templo, com oração e meditação...uma escola, onde aprendemos e ensinamos... para fazermos, enfim, de nossas casas um lugar criativo de amor. Foi isso que se deu; todos que participamos fizemos de nossas casas cenário do Colégio com músicas, aprendizados, orações e meditações onde cada casa foi transformada em local criativo de amor.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
A Zona América é uma Zona muito ativa e animada. Graças a essas características e a dedicação de seus CRSR/RR e seus Conselheiros, o Movimento cresce permanentemente. Esse crescimento precisa sempre ser sólido e bem estruturado.
Estamos completando um ano de uma nova configuração onde a Hispanoamérica se multiplicou em três SR: SRH-Norte, SR-Colômbia e SRH-Sul num processo que transcorreu sem grandes dificuldades de onde esperamos bons frutos não só para o Movimento, mas principalmente para os casais que delas fazem parte.
A SR Estados Unidos acaba de substituir seu CRSR que, junto com seu Conselheiro sacerdote, filho de equipistas, nos enchem de otimismo por seu entusiasmo e motivação. A SR está bem estruturada com boas oportunidades de expansão.
As SR Colômbia e Brasil são SR muito sólidas que contam com estruturas e quadros experientes que as conduzem com segurança.
A RR Canada, causa grande alegria ao Movimento com o trabalho que fizeram de estruturação e preparação para se tornarem uma SR.
#distantesmaspróximos: Qual a mensagem que gostariam de deixar aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
Sabemos que continuaremos a enfrentar tempos difíceis que nos impedirão de realizar muitos encontros pessoais, mas como afirma o Cardeal D. Tolentino, “não podemos nos abandonar a pandemia, mas devemos torná-la terra de missão.”
Eis o nosso desafio, tornar o que temos aqui e agora em terreno fértil e viável para realizarmos, com alegria e entusiasmo, o que Deus e o Movimento pedem e esperam de nós.
Thérèse e Antoine Leclerc
ZONA EUROPA CENTRO
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
A pandemia, que ocorreu de repente, mudou profundamente a maneira como trabalhamos. A última reunião da ERI foi realizada em outubro de 2019. Há mais de um ano, nossos contatos têm sido feitos apenas por e-mail e vídeo.
As reuniões das Regiões e Super Regiões de nossa zona também se tornaram mais difíceis; felizmente pudemos visitar as equipes nas Ilhas Maurício em janeiro de 2020, pouco antes da chegada da pandemia, e em agosto pudemos nos encontrar com o colégio da Super-Região da Polônia e da Europa Central durante uma pausa na pandemia. Mas, outras viagens planejadas para a Alemanha, França e Bélgica tiveram que ser canceladas ou substituídas por vídeoconferência.
Essas fortes e repentinas restrições foram a oportunidade de nos tornar cada vez mais conscientes de vários aspectos da vida cristã e da animação das equipes:
· Somos seres encarnados, com um corpo e não apenas um Espírito ou uma alma; o próprio Deus se fez homem. O corpo é um pouco esquecido em tempos de confinamento, quando desempenha um grande papel nas relações. Fazem falta a linguagem não verbal, os gestos de afeto, amizade, abraços, que dão calor e sal aos relacionamentos.
· O amor e o poder de Deus são muito maiores do que podemos imaginar, e isto nos dá a capacidade de enfrentar muitas situações com criatividade e imaginação.
· A animação de uma zona, de uma Super Região ou de uma Região não consiste em fazer ou implantar o que foi planejado, mas em permitir que os membros das equipes a nós confiados se nutram cada vez melhor da graça dada pelo sacramento do Matrimônio; isto só é possível se começarmos por ouvi-los, levando em conta o que eles estão vivenciando; isto é especialmente verdade em situações de crise.
· A oração é de vital importância.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
Estando do lado dos organizadores, isto foi, no início, uma fonte de preocupação: pensamos em tudo? A fórmula escolhida é adequada?
No momento da própria participação, estávamos tranquilos porque parecia estar indo bem.
Fomos tocados pela alegria de estarmos juntos como uma família, que se expressou inclusive em vídeo. Ficamos muito felizes por ter sido um grande sucesso.
Foi mais difícil para nós experimentarmos a falta de interatividade nas trocas. Perdemos a oportunidade de debater e expressar opiniões diferentes. O fato de estar em vídeo torna as trocas mais lentas. O blog foi bastante pobre.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
O que é sem dúvida o mais difícil de se viver é precisamente a falta de perspectivas claras sobre os aspectos concretos da animação e da reflexão: quando poderemos nos encontrar pessoalmente, quando poderemos agendar visitas aos países de nossa zona?
Decidimos realizar uma reunião de zona por vídeo a cada trimestre. Também estaremos particularmente atentos para manter contato com a maior frequência possível com os 8 casais responsáveis (Setor, Regiões e Super Regiões de nossa zona).
#distantesmaspróximos: Qual a mensagem que gostariam de deixar aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
No momento de cada crise, há tensões que surgem entre indivíduos, grupos e países; há também uma grande solidariedade que se expressa.
Esperamos que as Equipes tirem suas forças da oração e da infinita misericórdia de Deus. Que todos estejamos atentos aos mais fracos, àqueles que mais sofrem com esta situação, e que sejamos testemunhas vivas da fraternidade entre todos.
Bernadette e Sylvestre Minlekibe
ZONA EURÁFRICA
#distantesmaspróximos: Vamos começar esta entrevista olhando um pouco para o ano que termina. Qual o balanço que vocês fazem sobre o desenrolar dos trabalhos que realizam na ERI? Houve alguma dificuldade maior?
Trabalhamos em equipe e em colegialidade com os outros casais da ERI, com a responsabilidade específica de estar atentos e a serviço das SRs da zona Euráfrica.
O ano 2020 foi um ano extraordinário no qual experimentamos uma nova forma de trabalho dentro da ERI e com as Super Regiões.
As reuniões presenciais tanto para a ERI quanto para o Colégio Internacional não foram possíveis e foram substituídas por reuniões virtuais.
Essas reuniões virtuais foram geralmente bem feitas e tentamos aproveitar ao máximo as possibilidades das tecnologias de informação e comunicação. Entretanto, isto não nos impede de ficar frustrados, de sentir que não compreendemos totalmente a realidade das situações.
É claro que ao nos reunirmos fisicamente, compartilhamos melhor a situação das equipes que queremos servir, através de uma comunicação mais simples e clara.
O trabalho feito por nós em 2020 é globalmente positivo, enquanto aguardamos as melhores condições sanitárias possíveis para atender, trocar e melhorar o que está sendo feito.
Estamos satisfeitos porque, apesar das condições sanitárias desfavoráveis, sessões de formação virtuais, retiros virtuais e o tema do ano foram estudados por muitos membros das equipes. Todos fizeram esforços para manter os vínculos com os outros.
#distantesmaspróximos: Para vocês, como foi, pela primeira vez, participar de uma reunião virtual em substituição a um Colégio Internacional? Destaquem alguns pontos positivos e outros negativos, se houver.
A Reunião Virtual Extraordinária ERI/SR de 2020, realizada de 30 de agosto a 05 de setembro de 2020 no lugar do Colégio de Varsóvia, foi nossa primeira experiência.
Esta reunião nos permitiu encontrar os casais SR/RR nas missas de abertura e encerramento, transmissão de serviço, reuniões de zona e assembleias gerais.
Sabíamos que não poderíamos experimentar totalmente, em um encontro virtual, o sentimento de unidade do Movimento e a grande alegria que a oração comunitária nos dá.
Assim, tentamos viver este Colégio virtual da melhor maneira possível, com as possibilidades que nos foram oferecidas.
As conferências não foram interativas. Tivemos que lê-los pelo menos duas vezes para compreendê-las e para aprofundar sua mensagem.
O tempo das reuniões de zona era limitado, mas não podíamos fazer mais, devido às restrições de disponibilidade de alguns casais.
A restrição da tradução não permitia traduções interativas, mas nossos conselheiros espirituais em nossa zona nos ajudaram.
Apesar de todas as restrições, a alegria de nos encontrarmos foi compartilhada durante toda a reunião virtual.
#distantesmaspróximos: Para o próximo ano, quais são as perspectivas em relação ao trabalho de vocês na ERI? Há alguma preocupação, ponto específico ou expectativa que gostariam de partilhar? Expliquem um pouco.
Para este novo ano a serviço da ERI, nosso desejo é ser sempre uma família com toda a ERI, compartilhar nossas preocupações familiares e o peso e as alegrias do trabalho a serviço das Equipes.
Por enquanto, não podemos prever o encontro de equipistas e responsáveis nos países de nossa zona. Mas, nossa oração acompanha todos os dias os equipistas ao nosso cuidado.
Nosso desejo é ver os programas de formação permanente mais aplicados na zona, a fim de tornar os membros das equipes mais fiéis em seu trabalho.
Nosso desejo é que em nossa zona e no Movimento, não deixemos nunca de difundir a boa nova do casamento cristão, e que os casais das Equipes de Nossa Senhora se disponibilizem para acolher e acompanhar os casais que o Senhor nos envia.
Para aqueles casais que escolheram tornar-se membros das Equipes, não esquecemos que a formação que recebemos nas Equipes de Nossa Senhora nos ajuda a progredir no caminho de santidade que queremos fazer, seguindo Jesus.
Portanto, devemos apoiar os responsáveis regionais e dos setores, formando-os e estimulando-os para garantir esta formação a cada ano.
#distantesmaspróximos: Qual a mensagem que gostariam de deixar aos membros do Colégio Internacional e aos equipistas em geral?
Caros membros do Colégio Internacional, caros membros das equipes:
Vivemos um ano muito difícil em 2020 marcado pela pandemia da Covid-19, mas na fé sabemos que o Senhor está caminhando conosco.
Sabemos também que o Senhor, em sua misericórdia, nos ajudará a superar esta pandemia.
Portanto, continuemos a viver em oração e ação de graças, mantendo contato e ajudando-nos uns aos outros como uma equipe, pois sabemos como fazê-lo bem.
E neste ano em que estamos nos tornando mais conscientes de que nosso sacramento do Matrimônio nos torna casais missionários, vamos ao encontro dos casais que o Senhor nos envia, para revelar a bondade e o amor de Deus, acolhendo-os, ajudando-os e acompanhando-os diante das dificuldades destes tempos. Não tenhamos medo, saiamos!